Palácio presidencial e edifício do Ministério da Economia da Argentina em Buenos Aires26/4/2023 REUTERS/Agustin Marcarian
Brasília
As exportações do Brasil para a Argentina caíram 28% no primeiro bimestre de 2024 na comparação ao ano anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta quarta-feira (6).
O país vizinho atravessa uma grave crise econômica e registrou inflação de 254,2% nos 12 meses encerrados em janeiro, o patamar mais elevado em três décadas.
Por outro lado, as exportações para a China — principal parceiro comercial dos brasileiros — aumentaram 46,6%. O aumento das vendas ao gigante asiático impulsionou diretamente o total de exportações, resultando em um crescimento de 17,4% durante o mesmo período.
O desempenho das vendas brasileiras no comércio global no primeiro bimestre teve como destaque petróleo e açúcares, com aumento de 74% e 130%, respectivamente.
A balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 5,4 bilhões em fevereiro. O desempenho representa um aumento de 111,6% em relação ao saldo registrado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo foi de US$ 2,6 bilhões.
Este foi o maior saldo comercial para meses de fevereiro da série histórica da secretaria, iniciada em 1989.
O desempenho foi resultado de exportações de US$ 23,5 bilhões, contra importações de US$ 18,1 bilhões.
A corrente de comércio — representada pela soma entre exportações e importações e comumente utilizada para se avaliar o grau de abertura de um país ao exterior — também foi recorde para meses de janeiro, no valor de US$ 41,6 bilhões.
Segundo a pasta, na comparação com o mesmo mês do ano passado, nas exportações, houve crescimento de 16,3%. Em relação às importações, o número subiu 2,4%.
