Custo do saque no exterior pode chegar a 27%: veja os países mais caros e como escapar das tarifas salgadas

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Estudo da Wise mostra países que cobram mais do viajante para sacar em caixas eletrônicos

Monique Lima
Monique Lima
5 de novembro de 2025
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Saques de dinheiro no exterior tem taxas variadas e pode custar caro no bolso – Imagem: Montagem Seu Dinheiro (Imagem: Jason Leung/ Unsplash)
WhatsappTwitterLinkedinFacebookTelegramViajar com o cartão de débito de uma conta internacional em moeda estrangeira é prático, mas se o turista precisar sacar dinheiro em espécie, pode ter uma surpresa negativa na tela do caixa eletrônico: as tarifas de saque no exterior variam de centavos a quase um terço do valor retirado, dependendo do país.

De acordo com um levantamento da Wise, empresa que oferece contas e cartões em moeda estrangeira, os viajantes enfrentam tarifas que vão de 0,05% a mais de 27% do valor sacado.

Entre fevereiro e julho deste ano, a empresa analisou 9,7 milhões de saques em caixas eletrônicos espalhados por 58 países, todos feitos com cartões da própria Wise. Só entraram na conta os caixas que registraram ao menos 500 operações no período.

Vietnã lidera a lista dos mais caros, com taxa média de 27,1% por saque. No outro extremo, a França praticamente não pesa no bolso: o viajante paga só 0,07% sobre o valor sacado.

Saques no exterior e as taxas por país

No caso do Vietnã, houve um aumento de 1.341% no custo do saque em relação ao ano anterior.

Ainda na Ásia, a Coreia do Sul também chamou atenção: a taxa subiu 138%, chegando a 5,8% do valor do saque em 2025. Tailândia (2,5%) e Maldivas (3,31%) ficaram em patamares mais moderados, mas ainda considerados altos.

 

CUIDADO REDOBRADO

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Na América Latina os valores também foram salgados. A Argentina apareceu com uma taxa de 20,5%, apesar da queda de 16,3% em relação ao ano passado. A Colômbia cobrou 16,7% dos viajantes — um valor que aumentou 615% comparado a 2024. Já o Chile apresentou 5,55% de taxa.

No Brasil, o custo médio do saque subiu 4,1% em um ano, chegando a 1,01% — mas ainda está bem abaixo dos países vizinhos.

Já nos Estados Unidos, um destino de alto fluxo, o saque custou 2,05% no período.

A Europa, ao contrário, continua sendo a região de menor custo para o turista que precisa de dinheiro vivo. A França é o país com o menor custo médio global: 0,07%. Itália (0,41%), Reino Unido (0,20%) e Portugal (0,60%) completam o grupo dos destinos mais “amigos do saque”.

As regiões em comparação

América 

  • Argentina: 20,5%
  • Colômbia: 16,66%
  • Chile: 5,55%
  • Peru: 2,98%
  • EUA: 2,05%
  • Brasil: 1,01%

Europa 

  • Portugal: 0,60%
  • Itália: 0,41%
  • Reino Unido: 0,20%
  • França: 0,07%

Ásia 

  • Vietnã: 27,1%
  • Coreia do Sul: 5,80%
  • Maldivas: 3,31%
  • Tailândia: 2,50%
  • Japão: 0,87%
  • China: 0,05%

Pesquisou antes de embarcar? Economia no saque

Helene Romanzini, gerente de produto da Wise, listou sete dicas para evitar surpresas que possam atrapalhar a viagem. Confira:

  1. Escolha a moeda local ao pagar ou sacar; dizer “não” à conversão automática evita acréscimos escondidos
  1. Use cartões e contas globais que não cobram tarifas de saque no exterior
  1. Prefira caixas ligados a bancos e evite os independentes em áreas turísticas
  1. Saque menos vezes, mas valores maiores — se o cartão cobra por operação, isso reduz o custo
  1. Cheque os limites do seu banco e os do caixa eletrônico local antes de viajar
  1. Dê preferência ao cartão (caso as taxas sejam menores que as do saque) e carregue menos dinheiro vivo
  1. Avise seu banco sobre a viagem para evitar bloqueios e sustos

 

Monique LimaMonique Lima

monique.lima@seudinheiro.comRepórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

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