Por Kaype Abreu

Apesar da alta na sexta-feira (4), o mercado tem estado mais pessimista com a ação da Braskem (BRKM5) diante da piora na previsão dos spreads petroquímicos e menor demanda global.

Até o pregão mais recente, o papel acumulava perdas de quase 40%, mas subiu na sexta com novamente a perspectiva de venda de participação da Novonor.

O BB Investimentos disse em relatório assinado por Daniel Cobucci que espera que o papel volte a responder mais a seus fundamentos, reduzindo, ainda que parcialmente, o desconto que tem em relação a seus pares globais.

“Seguimos entendendo que a relação risco e torno segue desfavorável, motivo que justifica a manutenção da nossa recomendação neutra, a despeito de elevado potencial de alta em relação ao nosso
modelo de fluxo de caixa descontado”.

O banco reduziu o preço-alvo de BRKM5 de R$ 62 para R$ 48, pontuando que o cenário fica mais difícil para a companhia em 2023, dada a piora nas perspectivas de spreads.

Segundo o BB Investimentos, as adições de capacidade e a que
da na demanda têm impactado negativamente a dinâmica de custos e preços dos produtos petroquímicos.

3T22 da Braskem

A Braskem deve apresentar nesta terça-feira (8) um resultado “menos animador” no terceiro trimestre, avalia o BB Investimentos.

Segundo o banco, houve uma recuperação das taxas de utilização no Brasil e no México, mas queda nas centrais dos Estados Unidos e Europa, afetadas por menor demanda.

Fonte : Money Times.

“As venda vieram fracas, como pudemos notar na redução de 19% nas vendas de PP nos Estados Unidos, e na queda de 18% nas exportações da operação no Brasil”, disse.

No México, lembra o banco, houve menor volume de vendas (-5% t/t), sendo a Europa o destaque positivo, com crescimento de 8% t/t.