Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana
Por Mitchel Diniz

Os investidores se preparam para encarar uma semana agitada. Nos próximos dias, acontecem as tão aguardadas reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Também haverá decisão sobre juros no Reino Unido e no Japão. Mesmo passando por um arrefecimento, que muitos analistas classificam como pontual, a inflação global continua forte e dando trabalho para os Bancos Centrais. O aperto deve continuar intenso e aumenta preocupações sobre uma recessão.
Na terça-feira (20), o Banco Central brasileiro dará início à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o sexto encontro do ano. A principal dúvida é se os juros vão parar de subir agora ou se ainda haverá uma última alta de 25 pontos-base, interrompendo um ciclo de elevação da taxa que começou em março do ano passado. De lá para cá, o Copom subiu os juros por 12 vezes consecutivas e a Selic, que estava em 2%, passou a 13,7%.
O Itaú acredita que o BC deve indicar o fim do ciclo de aperto monetário, mantendo os juros como estão. “Acreditamos que o cenário da inflação para o horizonte relevante de política monetária melhorou marginalmente”, diz a análise do economista Mario Mesquita.
“Em nossa visão, as autoridades devem sinalizar que as perspectivas para a economia ainda carecem de uma política monetária contracionista e postura vigilante, antecipando estabilidade para a Selic na próxima reunião”, complementa Mesquita. O Itaú avalia que o ritmo de desinflação no Brasil vai ser lento, demandando juros altos por mais tempo.
“Com a expectativa de manutenção da taxa Selic, os mercados devem monitorar o comunicado da decisão e o tom adotado para pensar os próximos passos do BC”, diz análise do Bradesco.
Fonte : Infomoney



