O que esperar do novo ano? 

O que esperar do novo ano? 

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Estamos chegando ao final de 2021, com fatos que marcaram profundamente toda a sociedade e a economia brasileira. Um aspecto positivo foi a complementação da vacina em massa contra o novo corona vírus, que reduziu de forma incontestável o número de internações nos hospitais tanto da rede pública, quanto da privada, diminuindo consequentemente o número de mortes.

Tal vírus trouxe um aumento na quantidade de desempregados, fechamento de empresas, o que gerou a redução do poder aquisitivo populacional, sendo o Governo Federal obrigado a buscar alternativas que viessem a reduzir a crise que se alastrava perante a sociedade. Dentre as principais medidas adotadas, pode-se destacar a implantação do auxílio emergencial, a propaganda visando o uso de máscaras e álcool e gel, o distanciamento social, etc. No aspecto econômico, frisa-se a redução da taxa de juros para pessoas físicas e jurídicas.

Durante o ano de 2021, tivemos uma recuperação no tocante ao crescimento da economia nos dois primeiros semestres do ano. Nesses últimos meses, os órgãos públicos de estatísticas mostram que em contrapartida ao início do ano, a economia apresentou uma pequena queda, o que muitos especialistas acreditam que se não forem tomadas medidas de estímulo ao investimento, consumo, emprego e renda, os números não serão animadores.

A estagnação de nossa economia está cada vez mais perto, pois dependemos também dos fatores políticos, jurídicos e do comércio internacional. Pode-se citar o caso dos Estados Unidos, que vem apresentando uma inflação alta, e a tendência é de aumentar as taxas de juros, com reflexo na SELIC – Taxa de juros básica brasileira.

As tendências para 2022 é do IPCA (Índice de preço ao consumidor amplo) passar de 10,04% para 5,03% e uma SELIC que irá de 9,25% para 11,55%, o que irá encarecer o preço dos financiamentos para as grandes empresas, como também o crédito para o consumidor. A taxa de risco do Brasil deverá subir de 370 para 385 pontos, face a ser um ano nitidamente político. Já a taxa de câmbio ficará estável, permanecendo nos mesmos 5,6. A balança comercial apresentará uma queda razoável, passando de 59 para 55 bilhões de dólares.

Os investimentos estrangeiros crescerão, saindo de 51 para 57 bilhões de dólares, tendo em vista o programa de privatizações do atual governo. As reservas internacionais estarão num patamar, segundo os estudiosos, entre 370\380 bilhões de dólares, o que nos dá uma certa tranquilidade. Determinadas empresas de consultoria internacionais estão prevendo um crescimento da economia entre 1% e 2% para o ano futuro.

Nos anos de eleições presidenciais, é inevitável as turbulências políticas, econômicas e sociais. Novas alianças políticas partidárias irão surgir, como também, é possível uma terceira força para concorrer com os nomes de maior visibilidade política no momento. Vale frisar que o economista não é um futurólogo, ele trabalha e analisa os dados e números que vão se apresentando.

 

 

MARCOS ANTONIO MOREIRA CALHEIROS

PRESIDENTE DO CORECON/AL

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