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Liliane de Lima
12 nov 2025,

(Imagem: REUTERS/Angus Mordant)Os preços do petróleo operam em forte queda nesta quarta-feira (3) com preocupações com o excesso de oferta após relatórios da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE). A reabertura do governo dos Estados Unidos também está no radar dos investidores.

Por volta de 13h30 (horário de Brasília), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro, operavam com recuo de 3,21%, a US$ 63,07 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro perderam o nível de US$ 59 o barril, no menor patamar em três semanas. No mesmo horário, o WTI registrava baixa de 3,67%, a US$ 58,79 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.

O que mexeu com o petróleo hoje?

As preocupações com excesso de oferta do petróleo pressionam as cotações da commodity nesta quarta-feira (12).

Mais cedo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou a previsão para o aumento da oferta do óleo bruto entre os países fora da Opep+ (Opep e aliados, entre eles a Rússia) para este ano em 100 mil barris por dia (bpd) para 900 mil.

De acordo com o cartel, as maiores contribuições deverão vir dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Argentina.

Para 2026, a Opep+ reafirmou sua projeção de alta na oferta do petróleo fora do grupo, em 600 mil bpd. Como resultado, a expectativa é de que a produção total fora da Opep+ some 54,11 milhões de bpd em 2025 e 54,75 milhões de bpd no próximo ano.

Taesa (TAEE11) salta até 5% após balanço do 3T25 e anúncio de proventos; veja o que fazer agora com as ações, segundo 3 analistasJá a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que a demanda global de petróleo e gás pode crescer até 2050.

No relatório anual, também publicado nesta quarta-feira (12), a agência projeta que, considerando as políticas atuais, a demanda de petróleo atingirá 113 milhões de barris por dia até meados do século, um aumento de cerca de 13% em relação ao consumo de 2024.

A nova projeção representa um afastamento da expectativa anterior da AIE de que a demanda global de petróleo atingiria seu pico nesta década, uma vez que o órgão internacional abandonou um método de previsão baseado em compromissos climáticos e voltou a adotar um que leva em consideração apenas as políticas existentes.

Além disso, os impactos das sanções dos Estados Unidos ao mercado de petróleo russo ainda estão no radar dos investidores. Na última segunda-feira (10), a petroleira Lukoil, sancionada no mês passado, declarou “força maior nas operações” em um campo petrolífero iraquiano, de acordo com fontes à Reuters.

Já ontem (11), o mercado começou a precificar rumores de que os produtores do Oriente Médio, Arábia Saudita, Iraque e Kuweit aumentarão o fornecimento de petróleo para a Índia em dezembro, já que as refinarias indianas buscam alternativas aos barris russos após as sanções dos EUA.

Os investidores também acompanham as movimentações no Congresso norte-americano para pôr fim a mais longa paralisação do governo na história dos Estados Unidos.

*Com informações de Reuters