Camillo de Moraes Bassi[1].
“Combater as mudanças climáticas é uma preocupação global e, por isso, a maioria dos países direcionam suas políticas a favor da proteção e da prevenção, procurando reduzir suas emissões gasosas. A despeito da dimensão alcançada nas últimas décadas, este impacto ambiental não é a única ameaça ao nosso planeta. De fato, para determinadas atividades e/ou zonas geográficas, existem outras condições, que são tão ou mais relevantes, em relação às mudanças climáticas. É o caso da água, um recurso natural, que em algumas regiões do planeta demanda uma atenção especial”. (AENOR, 2021, pág. 21, tradução livre)
“O crescente consumo de produtos de origem animal certamente exercerá forte pressão sobre os recursos hídricos. Aproximadamente, um terço [1/3] de toda ‘água doce’ utilizada nas atividades agropecuárias está relacionada à produção de produtos de origem animal. A intensidade de recursos hídricos a esta produção é vinte [20] vezes superior à demanda para a produção agrícola [estrito senso]” (Mekonnen e Hoekstra, 2012, pág. 1, tradução livre)
A imagem do Brasil no quesito “meio ambiente” não é nada favorável. Decorrente, inclusive, de uma aparente incompreensão sobre a relevância da pauta, o fato é que carregamos a pecha de vilão ecossistêmico, de modo cabisbaixo, esbarrando na resignação. Na verdade, os contra-argumentos, quando afloram, limitam-se a negar o que não é passível de negação[2], justapondo, desse modo, incompreensão e insensatez com a temática ora tratada.
Nesta nota técnica, a proposta é, acima de tudo, revigorar o debate ambiental, alicerçando os contra-argumentos em evidências que possam demonstrar que os defeitos ao Brasil atribuídos caminham lado a lado a uma série de virtudes, que não podem ficar escamoteadas. Uma óptica restrita – um monóculo, digamos – não é a ferramenta adequada para se apontar virtudes e/ou vícios, pois corre-se o risco de ou deificar ou demonizar algo que carrega, na prática, as duas identidades.
Para isso, explorar-se-á a importância do país nas exportações virtuais de recursos hídricos, carreadas pela produção de carne bovina. A escolha, frisa-se, não foi aleatória pelos seguintes motivos:
- Os recursos hídricos vão se tornando rarefeito, devido, dentro outras coisas, às mudanças climáticas e à poluição;
- A carne bovina é um produto intensivo em “água exógena”.
- O Brasil, como um dos grandes produtores e exportadores, de carne bovina, participa (de modo, virtual ou indireto) no suprimento desse recurso;
- Além do citado suprimento, permite a terceirização dos impactos ambientais pelos importadores da proteína animal, mediante a dimensão residual do processo produtivo.
Após essa seção introdutória, conceitua-se, na segunda seção, a expressão “água virtual”. Na terceira seção, mapeia-se a indústria de exportação de carne bovina: participação no produto interno bruto (PIB), valores e volume exportados, dentre outras variáveis compõem este mapeamento. Na quarta seção, estima-se a volumetria associada a essas exportações, associando-a, a fim de dimensionar sua representatividade, ao consumo direto (ou real) do bem natural, no Brasil. Na quinta e última seção, exibe-se as considerações finais.
2.0) RECURSOS HÍDRICOS VIRTUAIS: CONCEITO
A ideia de transferir recursos naturais, mediante o comércio internacional, é atribuída à Tony Allan (Bassi, 2014; Bassi, 2016) ao questionar, em tom enigmático, sobre o porquê de, ainda, não ter ocorrido uma guerra pela água, já que os ânimos transpareciam (ou transparecem) favoráveis à sua concretização, particularmente, nas regiões onde o bem é escasso. Allan ipsis litteris:
“por que ainda não foi deflagrada uma guerra pela água, se muitas economias das regiões áridas têm metade do suprimento hídrico de que necessitam, e muitos líderes regionais[3] já admitiram estar dispostos a guerrear pela água?” (Allan, 1997, tradução livre, pág. 1, grifos nossos)
A resposta à questão levantada, estaria, de acordo com o autor, na importação de alimentos “água intensivos” – como, por exemplo, a carne bovina – que, de modo indireto, contornaria as adversidades climáticas regionais, permitindo o consumo de alimentos, regionalmente, impossível de serem produzidos. Depreende-se dessas considerações prévias que o conceito de “água virtual”[4] incorpora os recursos hídricos, embutidos nas trocas internacionais, que, apesar de não visíveis, permitem (digamos) balancear o bem natural. Vale reproduzir os argumentos de Allan:
“…. a região do Oriente Médio tem sido capaz de acessar a água no sistema global via comércio. Sistemas econômicos [leia: importação/exportação de mercadorias] não os sistemas hidrológicos evidentemente inadequados, resolveram o problema de fornecimento da água para a região. A água no sistema de comércio global é denominada “água virtual”. Ela é a água embutida em commodities intensivas em água, como [a carne bovina] e o trigo”. (Allan, 1997, tradução livre, pág. 1, grifos nossos)
Entretanto, e capitaneado, particularmente, por Chapagain and Hoekstra, 2003, apud Mekonnen e Hoekstra (2010), Chapagain and Hoekstra, 2004, apud Mekonnen e Hoekstra (2010), Chapagain et. ali.,2006, apud Mekonnen e Hoekstra (2012), o conceito foi aprimorado, aprimoramento que acolheu, primeiro, a incorporação do conceito em nível do processo produtivo; segundo, a fragmentação desta incorporação, de acordo com a fonte provedora e os resíduos gerados – em termos de volume aquoso à sua absorção – do processo ora tratado. Sendo assim, pode-se, perfeitamente, postular que, mais do que prestar (indiretamente) um serviço ecossistêmico, essas transferências virtuais de fresh water também permitem terceirizar os impactos ambientais – neste caso, dos países importadores ou beneficiários dessas transferências.
Esquematiza-se a fragmentação daquela incorporação[5][6]. Constata-se que as fontes provedoras se subdividem em água verde e água azul. No primeiro caso, referem-se aos recursos hídricos, oriundos dos ciclos hidrológicos – chuva -, enquanto, no segundo caso, aos recursos hídricos, oriundos dos núcleos d’agua, sejam superficiais – rios e/ou lagos – ou subterrâneos. Em relação à última das fragmentações, qual seja, a água cinza, refere-se, conforme acima mencionado, ao volume aquoso afetado pelos resíduos da produção que, em se tratando da pecuária de corte, não são nada desprezíveis.
Relevante, ainda, de ser noticiado é a participação relativa das três dimensões aquosas no Brasil vis a vis aos demais países, isso, obviamente, em relação à pecuária de corte. De acordo com os gráficos 1, nos demais países, a água verde detém uma participação de 93,5%; a água azul de 3,6%; e a água cinza de 2,9%. Já no Brasil, conforme o gráfico 2, as participações são, respectivamente de 98,7%, 0,71% e 0,59%. Ou seja, sinteticamente, produzimos carne bovina, lesionando (a menor) o meio ambiente[7]
3.0) PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE CARNE BOVINA NO BRASIL: UMA VISÃO PANORÂMICA
A pecuária de corte respondeu, em 2020, por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), totalizando cerca de R$ 747 bilhões[8]. Dimensionando, de modo mais detalhado, sua magnitude, constata-se que, em 2020, o rebanho nacional somou 187,5 milhões de cabeça[9], distribuídos em 165,2 milhões de hectares – 1,14/cabeça/ha. Além disso, os abates atingiram 41,5 milhões de cabeças e a produção atingiu 10,3 milhões de toneladas (TEC)[10]: 2,7 milhões de toneladas, voltadas ao mercado externo (26%); e 7,7 milhões de toneladas ao mercado interno (74%).
Em um confronto internacional, que, em 2020, o número de cabeças – bovinos e bubalinos – era de 1639,6 milhões, cabendo ao Brasil 189 milhões, numerário correspondente a 11,5% do total. Em termos de produção, produziu-se, em 2020, 71 milhões de toneladas -TEC -, respondendo o Brasil por 14,3% desse valor, sendo, portanto, suplantado, apenas, pelos Estados Unidos – 17, 4% – isso com um rebanho bem inferior ao nacional – 94,3 milhões de cabeça.
Antes de abordar as transações comerciais, cabe destacar o ranking dos maiores consumidores da proteína animal. Em 2020, e em termos absolutos, os Estados Unidos assumiram a dianteira, somando 12.535 mil toneladas/TEC, ficando, em segundo lugar, a China – 10.139 mil/TEC – e, em terceiro lugar, o Brasil – 7.546 mil/TEC. Em termos per capita, a Argentina assumiu a ponteira – 55 kg/per capita/ano -, vindo em seguida os Estados Unidos – 38 kg/per capita/ano – e o Brasil – 36kg/per capita/ano.
Quanto aos parceiros comerciais do produto em questão, frisa-se, ponto crucial à presente análise, constata-se que, em termos de faturamento, a China foi o maior demandante – cerca de U$$ 4 bilhões – cifra equivalente a 47,5% do total exportado. Posteriormente, vieram Hong Kong – pouco mais de R$ 1 bilhões, ou seja, 13% do total exportado -, Egito – U$$ 416 milhões, ou seja, 5% do total exportado – e os Estados Unidos – U$$ 413 milhões, ou seja, próximo de 5% do total exportado.
Já em termos de volume -TEC -, identificam-se que a China, Hong Kong e o Egito mantiveram-se como protagonistas – 44%, 16% e 6%, respectivamente, do volume total -, alternando-se, na quarta posição, os Estados Unidos – 3% do volume total – pelo Chile – 5% do volume total.
No que tangente à origem de nossa produção – em nível de UF – verifica-se que, em termos de faturamento, o estado de São Paulo responsabilizou-se por 24% do total, cifra equivalente a U$$ 2,16 bilhões[11]. Posteriormente, aparecem os estados do Mato Grosso – 20% ou U$$ 1,8 bilhão – Goiás – 14% ou U$$ 1,26 bilhão –, Minas Gerais – 9,5% ou U$$ 855 milhões – Mato Grosso do Sul e Rondônia – cerca de 8,5% – cifra equivalente a U$$ 765 milhões para cada um.
Já em termos de volume – TEC – as posições mantiveram-se constantes: São Paulo na dianteira, registrando 22% do total exportado, ou seja, 442.472[12], seguido pelos estados do Mato Grosso -20% ou 402.248 -, Goiás – 14% ou 281.573 -, Minas Gerais – 9,44% ou 189.056 -, Mato Grosso do Sul e Rondônia – ambos circundando 9,3%, cabendo a cada um 187.045.
4.0) VOLUMETRIA DOS RECURSOS HÍDRICOS
Esta seção comporta duas subseções. Na primeira, apresentam-se as premissas à mensuração das exportações virtuais dos recursos hídricos: citar-se-ão variáveis como, por exemplo, processo produtivo e unidade de medida. Já na segunda, apresentam-se os dados volumétricos: da totalidade às parcelas cabíveis aos principais parceiros comerciais caminhar-se-á.
4.1) PREMISSAS
Adotar-se-ão as seguintes premissas:
- Consumo à produção de carne bovina:
→ consumo direto: O consumo direto envolve a ingestão aquosa e os serviços, associados, por exemplo, à higienização. No primeiro caso, totaliza – média mundial – 27 litros/dia; no segundo caso, 7,1 litros/dia (Mekonnen e Hoekstra, 2010, vol. II, pág. 13).
- → Consumo indireto: o consumo indireto – ou a “água exógena” – envolve o volume aquoso – em suas três dimensões – embutido no produto. Tratando-se de Brasil, assumirão os seguintes valores (Mekonnen e Hoekstra, 2010, op. cit., vol. I; vol. II):
≥ água verde: 19.228 m3/TEC;
≥ água azul: 178 m3/TEC
≥ água cinza: 82 m3/TEC
≥ Total: 19.488 m3/TEC
- :Unidade de medida:
→ m3/TEC.
- Processo produtivo:
→ média ponderada entre pecuária extensiva e intensiva.
4.2) Volumetria Total
O Brasil, em 2020, exportou, virtualmente, cerca de 39 bilhões de m3 de fresh water. A título de parametrizar o valor, cabe o seguinte confronto: em média, o brasileiro consome, anualmente, – consumo direto – 56 m3 de água (SNIS)[13] . Desse modo, conclui-se que estas exportações equivalem ao consumo – anual e, frisa-se, direto – de três e meio (3,5) BRASIS. Ou seja, presta-se, mediante a exportação da carne bovina, e de modo indireto, um valiosíssimo serviço ecossistêmico, tendo em vista, principalmente, a tendencia à sua escassez,
De fato, bem mais do que isso. Mencionou-se, no decorrer da investigação, que esse tráfego virtual de água doce também permitia a terceirização dos impactos sobre o meio ambiente: Assumindo o volume da água acinzentada, como referência a tal impacto, teríamos um valor equivalente ao consumo anual da população do Distrito Federal – cerca de 3 milhões de habitantes. Ou seja, as exportações de carne bovina também geram uma significativa “poupança ambiental” aos países delas demandantes.
Desdobrando os dados acima, em nível de países – importadores de recursos hídricos – e em nível de Unidades Federativas – UF exportadoras de recursos hídricos -, observa-se que, entre os importadores de recursos – assim como em relação à terceirização dos impactos ambientais – a China posiciona-se em primeiro lugar, atingindo um percentual de 44%, ou seja, 17 bilhões m3, volume equivalente ao consumo de 1,54 BRASIL – a terceirização do impacto ambiental segue a mesma lógica, registrando um valor equivalente a 44% do consumo anual da população do DF. Posteriormente vêm Hong Kong (16%), Egito (6%) e Chile (5%).
Quanto aos exportadores de recursos hídricos – Unidades da Federação (UF) -, o estado de São Paulo coloca-se em primeiro lugar (22%), seguido, bem de perto, pelo estado do Mato Grosso (20%). Em conjunto, os dois estados exportaram 15 bilhões m3, volume equivalente ao consumo de 1,47 BRASIL – a “poupança ambiental”, segue a mesma lógica, registrando um valor equivalente a 42% do consumo anual da população do DF. Posteriormente vêm os estados de Goiás (14%) e Minas Gerais (9,5%).
5.0) CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existe uma espécie de fetiche pelo mercado de carbono – melhor dizendo, pelo mercado de gases de feito estufa (GEE) – provavelmente, pela sua translúcida contribuição às alterações climáticas. Entretanto, e conforme demonstrado, no decorrer dessa investigação, existem outros serviços ecossistêmicos que, apesar de sua incontestável relevância, ainda, permanecem em estado cístico. Na epígrafe dessa nota técnica, e não por acaso, fez-se questão de despertar, de imediato, a necessidade de se expandir a discussão para outros fatores que colocam em xeque a sustentabilidade – durabilidade, alternativamente – do capital natural, tendo como exemplo mais eloquente os recursos hídricos; tudo indica que seja esse o momento de iniciar a empreitada.
BIBLIOGRAFIA
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_________________________________________________________. A Pegada Hídrica na Pecuária do Brasil. s/d. Disponível em: A Pegada Hídrica da Pecuária no Brasil – ABIEC. Acesso em: 13/janeiro/2021.
___________________________________________________________. Estatísticas, 2020. Disponível em: Exportações – ABIEC. Acesso em: 08/janeiro/2022
Bassi, Camillo de Moraes. Envelhecimento Populacional e Sustentabilidade Ecossistêmica no Brasil: Evidências por meio dos Indicadores Pegada Ecológica e Pegada Hídrica. In: Novo regime demográfico: uma nova relação entre população e desenvolvimento? / Ana Amélia Camarano (Organizadora). – Rio de Janeiro: Ipea, 2014. 658 p.: il. Disponível em: livro_regime_demografico.pdf (ipea.gov.br), Acesso em: 21/dezembro/2021.
_________________________. Água Virtual e o Complexo Soja: contabilizando as exportações brasileiras em termos de recursos naturais. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Texto para Discussão nº 2180. Brasília, março de 2016. Disponível em: td_2180.pdf (ipea.gov.br). Acesso em: 18/dezembro/2021;
Herrera, Mirian Veronica Sáez; Marangoni, Thaís Tonelli, Oliveira, Jefferson Nascimento; Libânio, Marcelo. Estimativa do dispêndio de água virtual nas exportações brasileiras no período de 2003 a 2014. Eng. Sanit. Ambient. 24 (6) • Nov-Dec 2019. Disponível em: SciELO – Brasil – Estimativa do dispêndio de água virtual nas exportações brasileiras no período de 2003 a 2014 Estimativa do dispêndio de água virtual nas exportações brasileiras no período de 2003 a 2014. Acesso em: 19/dezembro/2021;
Ferraz, Rodrigo Peçanha Demonte; Prado, Rachel Bardy; Parron, Lucília Maria; Campanha, Mônica Matoso: Marco Referencial em Serviços Ecossistêmicos. Embrapa, Brasília, 2019. Disponível em: Marco-Referencial-em-Servicos-Ecossistemicos-2019.pdf (embrapa.br). Acesso em: 10/janeiro/2022;
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Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS). Painel de Indicadores. Disponível em: www.snis.gov.br. Acesso em 12/janeiro/2022
[1] Técnico de planejamento e pesquisa na Diretoria de Desenvolvimento Institucional (Dides) do Ipea.
[2] Por exemplo, o crescente desmatamento, especialmente, no bioma Amazônia, carro chefe, vale destacar, à pecha sobredita.
[3] O autor menciona o Rei Hussein e Boutros Boutros-Ghali, ministro das relações exteriores do Egito, na segunda metade da década de 70 – século XX – além de Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 1992 e 1996.
[4] Que também acolhe as nomenclaturas “água embutida ou água exógena” (Herrera, et. Ali, pág.2)
[5] A Hierarquização das três dimensões aquosas não é (a) fundamentada, particularmente, tratando-se da pecuária de corte, onde a principal fonte provedora é a água verde, ficando as águas azul e cinza, respectivamente, em segundo e terceiro planos, conforme adiante demonstrado.
[6] Notifica-se que essa partição dos recursos hídricos é denominada “pegada hídrica”, algo nos moldes da “pegada ecológica” (Bassi, 2014; 2016, op. cit)
[7] A menor participação da água cinza não deixa dúvidas quanto a isso. Ademais, Segundo Hoekstra et. alli (2021, pág. 36), a água azul é mais escassa e possui um maior “custo de oportunidade, quando de sua utilização, variáveis que, acredita-se, impulsionam o argumento sobredito.
[8] Esse volume inclui todos os negócios e movimentações relacionados à cadeia produtiva, incluindo desde valores dos insumos utilizados na pecuária, passando por investimentos em genética, sanidade animal, nutrição, exportações e vendas no mercado interno (ABEIC, 2021-a, pág. 8)
[9] No anexo da nota técnica, disponibiliza-se a distribuição do rebanho entre as Unidades Federativas (UF)
[10] Tonelada de Equivalente Carcaças (ABEIC, 2021-a, pág. 30).
[11] Consulte a tabela 3, caso duvide dos valores listados.
[12] Consulte a tabela 4, caso duvide dos valores listados.
[13] Acesso: www.snis.gov.br



