As famílias pobres em combustível eram caracterizadas por baixos rendimentos e baixos níveis de eficiência energética, o que os fazia precisar de 216 libras extras em média a cada ano para atingir padrões mínimos aceitáveis ​​de acessibilidade e conforto.
A pobreza de combustível estava concentrada em algumas das regiões mais desfavorecidas do país, correlacionando-se com baixos rendimentos médios e envelhecimento, estoque habitacional de baixa qualidade e muitas vezes mal isolado.

A pobreza de combustível afetou apenas 7,5% de todas as famílias no próspero Sudeste e 10,6% no Sudoeste em 2019 (“Pobreza de combustível na Inglaterra”, Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial, março de 2021).
Mas as taxas de pobreza de combustível eram muito mais altas no Noroeste menos próspero (14,5%), Nordeste (14,8%), Yorkshire e Humber (16,8%) e West Midlands (17,5%).
Dentro das regiões, havia intensos bolsões de pobreza, o que explica a taxa relativamente alta de pobreza de combustível em Londres (15,2%), uma das regiões mais ricas do país.

Mais de 20% dos lares já eram pobres em combustível nas autoridades locais que cobrem Barking e Dagenham, Stoke-on-Trent, Newham, Birmingham, Wolverhampton, Waltham Forest e Sandwell (“Sub-regional fuelpobreza in England”, Department for Business, Energy e Estratégia Industrial, abril de 2021).
Metade de todas as famílias pobres em combustível vivia em casas construídas antes de 1945, ressaltando os problemas de energia causados ​​pelo envelhecimento do parque habitacional da Grã-Bretanha, que é o mais antigo da Europa e provavelmente do mundo.
Três quartos das casas pobres em combustível tinham filhos dependentes ou alguém com mais de 60 anos vivendo como parte da família; quase metade incluiu alguém com doença ou deficiência de longo prazo.
Como resultado, 60% das famílias pobres em combustível já haviam sido classificadas pelo governo como “vulneráveis” antes da pandemia.
O subsequente aumento nos preços do gás e da eletricidade, com aumentos muito maiores planejados a partir de abril, empurrará milhões de outras famílias para a pobreza de combustível, e as que já estão mais para a privação de combustível.
Se os aumentos dos preços do gás e da eletricidade ocorrerem conforme o planejado, a conta de energia doméstica média deverá saltar de menos de 1.300 libras para cerca de 2.000 libras por ano, de acordo com a Resolution Foundation (“Evitando uma crise iminente na conta de energia”, 17 de janeiro ).
O impacto será agravado pelos aumentos planejados nos impostos sobre a folha de pagamento do seguro nacional também programados para entrar em vigor a partir de abril, bem como o rápido aumento de outros custos de vida, incluindo alimentos e combustíveis rodoviários.
Os formuladores de políticas eleitos estarão, portanto, sob intensa pressão para adiar ou reduzir alguns dos aumentos de impostos e contas de serviços públicos planejados, ou encontrar maneiras de fornecer mais dinheiro às famílias por meio de aumentos de benefícios e subsídios.
Mapas relacionados:
– Mapa mostrando a pobreza de combustível por região estatística: https://tmsnrt.rs/33tyJ41
– Mapa mostrando a pobreza de combustível por área da autoridade local: https://tmsnrt.rs/3rAI0iz
Colunas relacionadas:
– O estoque de moradias antigas da Grã-Bretanha emerge como um problema-chave de emissões (Reuters, 2 de dezembro) leia mais
– O aumento dos preços da energia atingirá mais duramente as famílias mais pobres (Kemp, 16 de setembro)
John Kemp é analista de mercado da Reuters. As opiniões expressas são dele mesmo