Covid-19: 36% dos alagoanos acreditam que levarão mais de um ano para se recuperar financeiramente

Covid-19: 36% dos alagoanos acreditam que levarão mais de um ano para se recuperar financeiramente

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Além disso, outros 5% disseram acreditar que não vão se recuperar financeiramente nunca mais

Hebert Borges

 

FOTO: Marcos Santos/USP Imagens

Pesquisa encomendada pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aponta que 36% dos alagoanos acreditam que levarão mais de um ano para se recuperar financeiramente após a pandemia da Covid-19. Além disso, outros 5% disseram acreditar que não vão se recuperar financeiramente nunca mais.

A pesquisa também abordou outros aspectos da vida dos alagoanos. O estudo aponta que 80% dos trabalhadores de Alagoas disseram que precisaram desenvolver novas habilidades no trabalho em razão da pandemia.

Sobre os consumos alimentares, 39% dos alagoanos disseram que reduziram o consumo de alimentos frescos. Em contrapartida, 22% aumentaram o consumo de alimentos industrializados. A ida a bares e restaurantes diminuiu para 83% dos alagoanos.

Cenário

A pandemia da Covid-19 afetou negativamente a renda de 59% dos entrevistados. O impacto negativo foi maior entre os jovens adultos entre 31 e 40 anos (67%), com instrução até nível médio (60%) e renda até 1 salário mínimo (60%). Para 30% dos entrevistados, será necessário um período superior a um ano para retornar a renda pessoal semelhante ao que tinha antes da pandemia. Adultos de 31 a 40 anos de idade (37%), pessoas com instrução até nível fundamental (32%) e com renda até um salário mínimo (33%) foram os que mais citaram esse tempo de retomada. Entre os estados, os moradores que mais contribuíram para o índice foram os do Piauí (93%), Alagoas (87%) e Ceará (83%).

Em relação ao futuro, os entrevistados esperam que as próximas medidas foquem, entre outras coisas, na redução tributária, subsídios à produção, redução de encargos, novas linhas de crédito, redução de tarifas de água e luz. Quando perguntados sobre o tempo que levará para que a situação se normalize, o final de 2021 vem sendo considerado um marco para a retomada positiva da economia e da vida de modo geral, mas um grupo de entrevistados acredita que a recuperação vai variar muito de setor para setor.

A Coordenação-Geral de Estudos e Pesquisas, Tecnologia e Inovação (CGEP) da Diretoria de Planejamento da Sudene, responsável pela pesquisa, enfatiza a importância desse levantamento para o pós pandemia e informa que “embora haja alguns estudos e pesquisas que buscam aferir os efeitos decorrentes da pandemia da Covid-19 no Brasil, são escassos os estudos com recortes regionais mais abrangentes, como para a região Nordeste ou a área de atuação da Sudene, que, ao mesmo tempo, permitam obter um entendimento com maior precisão dos efeitos adversos da pandemia nos territórios e obter uma visão consolidada sobre os desafios do setor produtivo e o impacto social da crise”.

Fonte ; GAZETAWEB

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