Do delivery às vendas para vizinhos: como o setor de alimentação se adapta para resistir à pandemia

Do delivery às vendas para vizinhos: como o setor de alimentação se adapta para resistir à pandemia

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Daniele MadureiraDe São Paulo para a BBC News Brasil
A empreendedora Alessandra PedroniDireito de imagemARQUIVO PESSOALImage captionEmpreendimentos alimentícios, como o negócio de Alessandra Pedroni, tiveram que se reinventarDona do restaurante Carlota, Carla Pernambuco deixou a alta gastronomia eclética de lado, para vender “marmitas” aos moradores de Higienópolis, bairro nobre da zona oeste de São Paulo.

No novo cardápio, que a chef batizou de “cozinha trivial chic brasileira”, estão conhecidos do dia a dia do grande público, como feijoada, picadinho, pernil assado, polpetones e acarajé — ao preço médio de R$ 50.

Formada nos restaurantes sofisticados do SoHo, em Nova York, e festejada como uma das maiores chefs de cozinha do país, Carla, 60 anos, mudou o foco do negócio para mantê-lo à tona em meio à pandemia, depois de 25 anos no mesmo bairro de classe média alta.

“Em 60 dias de confinamento, dá para saber o que as pessoas querem comer. Entrego ‘confort food’, comida que resgata a questão afetiva, adaptada para viagem”, diz ela.

Os pratos trazem bem menos ingredientes em comparação com os tradicionais do restaurante, compostos em grande parte por itens mais caros, como palmito pupunha grelhado.

Carla diminuiu os custos, os preços e começou a enxergar o negócio de outro jeito. O cardápio ficou muito mais enxuto, assim como a equipe, reduzida pela metade, a 12 pessoas. “Hoje eu faço a receita, embalo, coordeno as entregas, faço o telemarketing e tiro pedidos”, diz Carla, que atende a mais de 120 encomendas por dia.

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