BRASÍLIA — O Banco Central (BC) anunciou novas medidas nesta segunda-feira que liberam R$ 1,2 trilhão em liquidez no mercado para mitigar os efeitos econômicos do coronavírus.
Mais cedo, a autoridade monetária reduziu a alíquota de pagamento compulsórios (parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a manter em reservas), cujo impacto estimado é de R$ 68 bilhões na economia.
Os recursos de liquidez audam os bancos quando há uma escassez de recursos no mercado. Ou seja, quando há um desequílibrio com muita gente querendo comprar ou vender o Banco Central injeta esses recursos para equlibrar a oferta e demanda.
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Com mais espaço de recursos, os bancos aumentam a capacidade de emprestar dinheiro e irrigar a economia. Além disso, também teriam mais robustez para aguentar os choques da crise do coronavírus. Segundo o cálculo do BC, os R$ 1,2 trilhão representam 16,7% do PIB.
Na crise financeira de 2008, o BC colocou R$ 117 bilhões em liquidez. Valor que é menos de um décimo do pacote anunciado nesta segunda-feira.
Entre medidas novas e já anunciadas, o BC listou dez ações que visam dar liquidez para o sistema financeiro nacional e liberar capital disponível para empréstimos.
Em entrevista coletiva, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou que o BC está tranquilo e disposto a fazer tudo o que for necessário para dar estabilidade financeira e cambial, além de apoiar a economia.