Tratava-se do projeto Joint Enterprise Defense Infrastructure, uma plataforma de informação e segurança destinada a transferir informações confidenciais do Departamento de Defesa a um serviço de nuvem permanente e encriptado.
Ele deveria atender a 3,4 milhões de usuários exigentes, muitos deles com suas vidas dependendo do funcionamento correto do sistema.
Em vez de compartilhar a responsabilidade entre várias empresas, como esperavam companhias como Oracle e IBM, o Pentágono decidiu que este seria um contrato do tipo o “vencedor leva tudo”. Um único projeto, um único provedor, um valor total de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões).
Especialistas viram nisso uma oportunidade maravilhosamente “embrulhada para presente” para a Amazon. O Amazon Web Services (AWS) já era, de longe, a maior plataforma de nuvem do mundo, guardando dados confidenciais de milhões de clientes. Entre eles, a Agência Central de Inteligência dos EUA, a CIA.
“Não temos favoritos”, insistiu Timothy Van Name, do Serviço Digital de Defesa, quando foi alvo de críticas na indústria das nuvens em geral. Surgiu um obstáculo no caminho, uma contestação judicial da Oracle que desacelerou o processo, mas o contrato ainda parecia estar prestes a aterrissar no colo de Jeff Bezos.