4 MOTIVOS PARA O PIB DO RIO GRANDE DO SUL TER FICADO ACIMA DA MÉDIA NACIONAL NO SEGUNDO TRIMESTRE

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Professor de economia da ESPM Porto Alegre explica as razões para o crescimento de 4,7% da economia gaúcha, muito acima do índice nacional

Nesta segunda-feira (14), foi divulgado os resultados do PIB, Produto Interno Bruto, do segundo trimestre de 2019. O Rio Grande do Sul teve crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão. O resultado superou o desempenho nacional, que registrou alta de 1%.

Fábio Pesavento, professor de economia da ESPM Porto Alegre, chama a atenção para alguns fatos pontuais.

1. A base de comparação do segundo trimestre de 2018 é fraca. Nesse mesmo período, em 2018, o Rio Grande do Sul passou por um período de seca – – 36 municípios tiveram situação de emergência homologada pelo governo do estado por falta de chuva. Milhares de fazendas perderam suas plantações. As famílias ficaram dependentes de cestas básicas e caminhões pipas para o abastecimento básico de comida e água. A greve dos caminhoneiros também prejudicou a atividade econômica no período — o setor alimentício foi um dos mais atingidos.

2. O estado enfrenta um desequilíbrio estrutural nas contas públicas. E ainda assim, o PIB cresceu no primeiro semestre de 2019, o que pode limitar a continuidade do seu crescimento. Hoje, a população acima de 65 anos, a maioria aposentados, é maior do que pessoas com mais de 16 anos – reduzindo a dinâmica econômica em função do arrefecimento da população economicamente ativa. Com isso, os servidores públicos estaduais inativos ultrapassam os ativos.

Isso tem feito com que o setor público do Rio Grande do Sul não possua capacidade para investir e atender às suas funções fundamentais, como oferecer à população serviços públicos de qualidade, e ainda menos para induzir o estado ao desenvolvimento econômico. A infraestrutura e os instrumentos fiscais e creditícios colocados à disposição do setor produtivo, têm sido insuficientes para mobilizar os esforços em direção a investimentos em solo gaúcho. Esses fatores, somados, prejudicam uma continuidade do crescimento econômico para a segundo semestre de 2019.

3. Agronegócio. Historicamente, a safra no segundo trimestre é positiva – – portanto é um desempenho sazonal. O crescimento da agropecuária foi influenciado, principalmente, pelos aumentos das produções de soja e de milho, em recuperação depois da queda de produção provocada pela estiagem em 2018. Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a produção de soja – – concentrada, no Rio Grande do Sul, no segundo trimestre de cada ano – – cresceu 5,4%, com aumentos tanto da área plantada (2,4%) quanto da produtividade (3,0%).

4. Indústria. O setor apresentou crescimento durante o segundo trimestre. O Rio Grande do Sul descola do restante do país no quesito atividade industrial no segmento de transformação. Enquanto o Brasil teve em um crescimento de 1,6% no segundo trimestre, o estado surpreendentemente cresceu 6,2%. Destaques positivos para os segmentos automotivo, produtos químicos e máquinas e equipamentos. “Infelizmente, o desempenho atual dos indicadores industriais do Rio Grande do Sul estão piorando. Mas a expectativa de um aquecimento do comércio no último semestre, no Natal, pode dar fôlego ao PIB gaúcho em 2019”, diz Pesavento.

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