Dólar encerra em alta de 1% em meio a cautela no exterior

Dólar encerra em alta de 1% em meio a cautela no exterior

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Por Stefani Inouye

REUTERS/Ricardo Moraes

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar encerrou em forte alta contra o real nesta segunda-feira, em dia de menor volume de negociações por feriado nos Estados Unidos, com agentes do mercado monitorando os riscos externos em meio a cautela diante do início das novas tarifas comerciais entre EUA e China.

O dólar à vista teve alta de 1,00%, a 4,1834 reais na venda. O dólar futuro de maior liquidez mostrava valorização de 1,06%, a 4,191.

Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus, afirma que a sessão foi marcada pela cautela dos investidores diante de uma série de fatores externos —como a incerteza em torno das negociações comerciais entre EUA e China e os desenvolvimentos do Brexit.

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“Quando os mercados nos EUA estão fechados, todo o resto do mundo fica sem um norte, então é normal que haja um certo exagero nas movimentações”, disse Laatus.

A moeda norte-americana também mostrava força contra uma cesta de moedas, a 99,032, e frente a outras moedas emergentes —como o rand sul-africano e o peso mexicano.

A China e os Estados Unidos começaram a impor tarifas extras sobre produtos um do outro no domingo, apesar de sinais de que negociações podem ser retomadas em algum momento neste mês. Nesta segunda, a China informou que entrou com um processo contra os EUA junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa de tarifas de importação, mas não divulgou detalhes sobre seu procedimento legal.

Durante a sessão, também permaneceu no radar dos investidores a medida de controle de capital imposta pelo governo da Argentina no domingo, numa tentativa de conter a queda livre da moeda que aumenta o risco de default. Nesta segunda-feira, o peso argentino encerrou em alta de 0,88%, a 59 por dólar, em seu primeiro dia de operações após o anúncio das medidas.

No plano doméstico, os mercados avaliaram ainda a piora na avaliação do governo Bolsonaro, buscando indicações sobre como isso pode afetar a agenda de reformas. A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro subiu para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou de 33% para 29%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.

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