Por
Otávio Preto
08 set 2025,
Cheque — método tradicional que, apesar da queda no uso, ainda movimenta bilhões no Brasil em 2025.Embora o Pix tenha registrado um feito inédito na última sexta-feira (5), com 290 milhões de transações e um volume de R$ 164,8 bilhões em um único dia — marcas que reforçam a modernização dos meios de pagamento no Brasil —, um método tradicional segue resistindo: o cheque.
Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontam que, no primeiro semestre de 2025, cerca de 50 milhões de cheques foram compensados movimentando R$ 211 bilhões. Apesar da relevância da cifra, o uso do cheque está em queda, com volume 21,9% menor que no mesmo período de 2024, quando foram compensados 64 milhões de cheques e movimentados R$ 236 bilhões.
Aumento do valor médio
Enquanto o número total de cheques compensados reduz, o valor médio por cheque cresceu 14,2%, passando de R$ 3.606 em 2024 para R$ 4.118 em 2025, indicando que o brasileiro utiliza o cheque principalmente para transações de maior valor.
O auge e a queda
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O cheque teve seu auge em 1995, com cerca de 3,3 bilhões de unidades compensadas e movimentando algo como R$ 2 trilhões — valor recorde para a época. Desde então, o uso do cheque caiu drasticamente: considerando o fim de 2024, o volume de cheques compensados caiu 95,87%.
Quem ainda usa cheque?
Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban, o cheque permanece presente especialmente no mundo empresarial, usado para parcelamentos e pagamentos a fornecedores em função da confiança e prazos diferenciados.
As empresas respondem por mais de 50% dos cheques emitidos. Entre pessoa física, o cheque ainda é aceito em situações em que há confiança entre cliente e lojista, e quando há necessidade de melhores condições de pagamento.
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Por Otávio Preto
Formado em Jornalismo pela PUC-SP, atua como repórter no Money Times e no Seu Dinheiro, onde também já trabalhou como analista de mídias sociais, com experiência em produção de conteúdo para diferentes plataformas digitais. Antes disso, foi repórter no site Monitor do Mercado.
otavio.rodrigues@seudinheiro.