A caução será aplicada no caso de vistos B-1 e B-2 e será definida pelos próprios oficiais do Consulado americano
Maria Eduarda Nogueira
5 de agosto de 2025
Parque da Disney, com notas de dólar ao redor – Imagem: Divulgação | Montagem: Maria Eduarda Nogueira
O visto de turismo para os Estados Unidos está cada vez mais caro. E a situação deve ficar mais crítica ainda para quem planeja ir à Disney, à Nova York ou à Miami nos próximos meses. Depois de aprovar uma taxa extra de US$ 250 para a emissão do documento, o governo de Donald Trump agora vai exigir um “seguro” de até US$ 15 mil (R$ 82,6 mil) para visitantes com alto risco de ficarem no país ilegalmente.
O programa piloto de um ano começa no dia 20 de agosto e tem como objetivo evitar a imigração ilegal de pessoas que usam o visto de turismo para entrar nos EUA, mas acabam ficando além da permanência máxima.
De acordo com dados oficiais dos Estados Unidos, 42% das pessoas que vivem no país ilegalmente entraram no território com vistos válidos e depois nunca mais saíram. Atualmente, são cerca de 11 milhões de cidadãos ilegais.
A caução será aplicada no caso de vistos B-1 e B-2, ou seja, para turismo e negócios.
O Brasil, apesar de ter um dos maiores números absolutos em “estadias além da cota” (overstay), juntamente ao México, Colômbia e Venezuela, não será afetado pela nova cobrança.
De acordo com a lista divulgada nesta terça-feira (5) pelo Departamento de Estado, apenas cidadãos da Zâmbia e do Malaui precisarão pagar o valor para obter os documentos.
Como vai funcionar o ‘seguro de visto’ para os Estados Unidos
Serão três níveis de caução, definidos pelos oficiais do Consulado americano de acordo com o risco de cada viajante.
As taxas podem variar de US$ 5 mil (R$ 27,5 mil) a até US$ 15 mil.
Critérios como renda mensal, vínculo empregatício e grau de escolaridade serão levados em consideração.
Aqueles que pagarem a taxa terão que entrar nos EUA por aeroportos específicos, a serem anunciados posteriormente.
* Com informações da CNBC e do Money Times.