Câmara aprova urgência de duas medidas em meio ao impasse do IOF — e uma deve trazer dor de cabeça para o governo

Câmara aprova urgência de duas medidas em meio ao impasse do IOF — e uma deve trazer dor de cabeça para o governo

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Com a aprovação do caráter de urgência, ambos os projetos podem ser votados diretamente no plenário, sem passar pelas comissões

Dani Alvarenga
17 de junho de 2025

deputados
Imagem: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
WhatsappTwitterLinkedinFacebookTelegramquestão fiscal segue no centro das discussões econômicas do Brasil e, na noite de ontem, o assunto voltou a esquentar. Isso porque a Câmara dos Deputados aprovou a urgência de uma medida que dá uma mãozinha para o governo, mas, no tradicional espírito do toma-lá-dá-cá, também colocou em pauta outra proposta que promete trazer novas dores de cabeça para a gestão atual.

Os deputados aprovaram o regime de urgência para o projeto de lei que altera a tabela do imposto de renda (IR) e garante a isenção para quem recebe até dois salários mínimos, ou seja, R$ 3.036.

A aprovação chega em boa hora para o governo Lula, que vem lidando com a queda de popularidade e um possível afastamento do petista das eleições de 2026.

Porém, a Câmara dos Deputados não chegou apenas com boas notícias para a gestão atual.

Os parlamentares também aprovaram a urgência para a tramitação de um projeto de decreto legislativo proposto pela oposição que derruba o decreto do governo que amenizou o aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A decisão foi uma grande derrota para o governo na área econômica, e num momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se em viagem ao exterior e o ministro da FazendaFernando Haddad, está em semana de férias.

 

Para o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), caso o decreto seja derrubado, haverá necessidade no dia seguinte de um contingenciamento de mais de R$ 12 bilhões.

De urgência em urgência: o que acontece agora?

No caso do projeto de lei que muda a tabela de imposto de renda, a votação foi realizada de forma simbólica, ou seja, não houve contagem dos votos.

O projeto foi apresentado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e tem o mesmo conteúdo da Medida Provisória proposta em abril pelo governo Lula.

A MP entrou em vigor imediatamente, mas tinha validade temporária. Como o texto não avançou no Congresso, a gestão atual optou por apresentar o projeto de lei.

Já a urgência para a medida que suspendeo pacote de medidas que substitui o IOF foi aprovada por 346 votos a favor contra 97.

O pedido de urgência foi apresentado pelo deputado Zucco (PL), logo após a publicação da norma pelo governo na semana passada. O Seu Dinheiro explicou os detalhes do pacote de medidas aqui.

Com a aprovação do caráter de urgência, ambos os projetos podem ser votados diretamente no Plenário, sem precisar passar antes pelas comissões da Câmara.

Assim, nenhuma das medidas entra em vigor ainda. E o caráter de urgência acelera o processo para a aprovação das propostas.

Foco do governo: a isenção do Imposto de Renda

Até a publicação da Medida Provisória em abril deste ano, a isenção valia para quem recebia ganho mensal de até R$ 2.259,20.

De acordo com a justificativa do projeto de lei, a atualização da tabela corresponde a um acréscimo de 7,5% no teto da alíquota zero.

O relator designado é o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara. Ele também é relator do projeto que altera a legislação do Imposto de Renda para ampliar a isenção para quem tem renda mensal de até R$ 5 mil.

*Com informações do Estadão Conteúdo, da Agência Brasil e da Agência Câmara de Notícias

 

Dani Alvarenga

danielle.silva@seudinheiro.comRepórter de fundos imobiliários e finanças pessoais no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

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