Alívio… até quando? Gigante imobiliária da China fecha acordo sobre dívida, mas pior não ficou para trás

Alívio… até quando? Gigante imobiliária da China fecha acordo sobre dívida, mas pior não ficou para trás

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A Country Garden conseguiu prorrogar o pagamento de débitos no valor de 3,9 bilhões de yuans (R$ 2,6 bilhões), mas a crise do setor está longe do fim; entenda os motivos

Carolina Gama

China derruba cotações do petróleo hoje
Alívio — essa foi a sensação dos investidores nesta segunda-feira (4), depois que a Country Garden conseguiu um acordo com credores para postergar o pagamento de uma dívida de 3,9 bilhões de yuans (R$ 2,6 bilhões). As ações da incorporadora da China fecharam o dia com alta de 14,6%.

O agravamento dos problemas financeiros da Country Garden destacou ainda mais o estado frágil do setor imobiliário chinês, que representa um quarto da economia e cuja situação de endividamento tem sido uma pedra no sapato do presidente Xi Jinping desde 2021.

Considerada financeiramente sólida em comparação com os pares, a Country Garden não deixou de pagar dívidas até o mês passado, quando a desaceleração da demanda interna prejudicou o fluxo de caixa da companhia.

O resultado foi um prejuízo de 48,9 bilhões de yuans (R$ 33 bilhões) no primeiro semestre — uma perda recorde para a incorporadora.

  • Os problemas estão longe do fim

Na sexta-feira (1), um dia antes do prazo final para quitar uma dívida de US$ 536 milhões (US$ 2,6 bilhões), a Country Garden fechou um acordo com credores para pagar as obrigações em parcelas ao longo de três anos.

 

Só que o entendimento só adia um problema. A Country Garden e outras incorporadoras da China enfrentam pagamentos com vencimentos consideráveis ainda ​​este ano.

A própria Country Garden enfrenta dívidas no valor de 108,7 bilhões de yuans (R$ 73,4 bilhões) com vencimento em 12 meses.

 

O governo da China vai ajudar mais?

Nas últimas semanas, as autoridades chinesas implementaram uma série de medidas de apoio — a mais significativa foi a redução das taxas hipotecárias e dos empréstimos preferenciais para a compra da primeira habitação nas grandes cidades.

Mais cedo, a China apresentou mais uma série de medidas políticas para reativar a economia, aprovando a criação de um gabinete especial para promover o desenvolvimento e o crescimento.

 

Agora, resta saber se esse pacote de estímulos ajudará a reanimar a demanda imobiliária no curto prazo, a aliviar a escassez de caixa do setor e a dissipar o pessimismo sobre o sistema financeiro em geral.

*Com informações da Reuters

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