Maior parte das vagas, 2.480, são para novos concursos, que incluem Banco Central e agências reguladoras
Por Estadão Conteúdo
![Concurso público](https://ci4.googleusercontent.com/proxy/HPD7NFR_s0qqqeyOh93QWkTvavvN7adJkWHXUd4ywOX6PUcZCivmZMSJNMMKhpLDpaaeqDa30uAeAkmuxYw8nm7yrbEk2U_YtZ9L8rjnpWWgvnwBu-oF-cb9j9f7va67FJtN2_bon3ve_S3Hghc0WvWNufwP5gjuT7IPaJsMNlEC0UJXN2r-=s0-d-e1-ft#https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2019/06/concurso-publico-5.jpg?resize=900%2C515&quality=70&strip=all)
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, anunciou a autorização para realização e provimento de concursos para 3.026 vagas, que custarão R$ 546 milhões ao governo. As vagas atenderão a 22 órgãos e carreiras transversais, com salários de entrada de R$ 6 mil a R$ 21 mil.
De acordo com a ministra, são 2.480 vagas para novos concursos, incluindo o Banco Central e agências reguladoras.
Além disso, serão preenchidas 546 vagas de concursos já realizados para a Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ibama.
Ela também ressaltou que 500 das novas vagas atenderão carreiras de ministérios sociais e meio ambiente, o que foi um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Somado ao anúncio anterior, o governo já autorizou concursos para 8.360 vagas em 2023.
Dweck justificou que a abertura das vagas é fruto de um represamento realizado em anos anteriores, quando não foram feitos concursos ou chamamentos. “A queda do número de servidores foi além do que seria razoável, mesmo com a transformação digital”, observou a ministra.
Além da reposição de servidores, o Ministério da Gestão também trabalha num projeto de transformação de cargos, que vai reduzir um quadro de 13.375 para 8.935 vagas em nove órgãos ou ministérios, sem impacto orçamentário. A maior parte dessas mudanças diz respeito a ajustes de enquadramento, como a substituição de cargos de nível médio por outros de nível superior. O pacote também inclui mudanças em cargos comissionados.
Dweck explicou que devido a novos compromissos que o país vai assumir, como a presidência do G20, será preciso realocar servidores para as novas funções. Ela também citou áreas como a ANM e a futura Secretaria de Loterias como exemplos que demandarão mais funcionários.
O pacote de transformação de cargos será incluído na medida provisória que reajusta o salário dos servidores das forças de segurança do Distrito Federal e de militares dos antigos territórios, em 9% em 2023 e outros 9% em 2024. De acordo com Dweck, a MP deve ser publicada ainda nesta terça-feira (18), para permitir que o reajuste salarial passe a valer na folha de julho.
Além da transformação de cargos, a MP também inclui outros pontos. Um deles é o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), para eliminar as filas de atendimento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O programa prevê um pagamento de bônus para servidores que aderirem, de acordo com entregas, num programa que terá nove meses de duração, prorrogáveis por mais três meses.
O texto ainda trará a ampliação do prazo máximo de duração de contratos temporários, de dois para cinco anos, para ações relacionadas à política indigenista, e altera as regras de concurso e ingresso para a Funai, com a ampliação de cotas de indígenas de 10% para 30%.
Dweck também foi questionada sobre quais carreiras ainda poderão ser contempladas com concursos. A ministra disse que os órgãos tinham prazo para fazer os pedidos até maio, e que as definições de carreiras e quantidade de vagas autorizadas constarão no projeto de lei orçamentária (PLOA) 2024, que será encaminhado ao Congresso até o final de agosto.