Exportações do agronegócio crescem 4,5% no 1º semestre de 2023, com recorde de US$ 82,8 bi; veja destaques

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Pasquale Augusto
Por Pasquale Augusto

Balança comercial exportações agronegócio
A participação das exportações do agronegócio no total da balança comercial de junho foi de quase 52%, puxado por açúcar e soja  (Imagem: Pixabay/jadefalcon3)

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 82,8 bilhões nos primeiros seis meses de 2023, crescimento de 4,5% na comparação com o primeiro semestre de 2022 (US$ 79,24 bilhões).

Em junho, os embarques do agronegócio alcançaram US$ 15,54 bilhões, recuo de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 15,62 bilhões), apesar de diversos recordes observados em soja em grãos (valor e quantidade), açúcar de cana em bruto (valor), carnes bovina e de frango in natura (recordes em quantidade) e celulose (recorde em quantidade).

Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das exportações no mês, recuo de 12,9%.

Dessa forma, a participação das exportações do agronegócio no total da balança comercial de junho foi de quase 52%, já que a redução das exportações dos demais produtos foi superior, queda de 15,7%.

Soja em grãos

O volume exportado foi recorde para o mês com 13,77 milhões de toneladas, avanço de 37,9% relativos a junho de 2022.

O valor exportado de soja em grãos alcançou US$ 6,89 milhões, alta de 9,3%, também recorde para os meses de junho.

Tal montante não foi mais expressivo devido à queda do preço médio de exportação, queda de 20,7%, que refletiu as condições de produção global da oleaginosa, com safra recorde no Brasil e boa produção nos Estados Unidos.

De acordo com os analistas da SCRI, o crescimento nas exportações de soja em grãos foi o que mais contribuiu para a expansão nas vendas do agro de janeiro a junho de 2023, com US$ 2,88 bilhões acima do que foi registrado no ano anterior.

Açúcar

As exportações de açúcar em junho foram recordes em valor, US$ 1,40 bilhão, com avanço de 51,3% em receita, com alta de 23,1% dos volumes e 22,9% dos preços médios de exportação.

 

Os preços internacionais do açúcar, influenciados por uma disponibilidade mais apertada no mundo, crescem desde novembro de 2022 e, em maio de 2023, alcançaram o nível mais alto desde outubro de 2011, de acordo com o índice de preços da FAO.

Celulose

As exportações de celulose foram recordes em volumes: 1,55 milhão de toneladas, com alta de 6,3%, resultando em US$ 652,31 milhões, com acréscimo de 2,4% para receita.

Tradicionalmente, China, Estados Unidos e União Europeia concentram as exportações do produto (78,4% de participação em quantidade nesse junho de 2023).

Carnes bovina e de frango

A principal carne exportada em junho foi a bovina in natura: U$$ 974,13 milhões, queda de 6,4% em receita, com alta de 26,4% nos volumes exportados e redução de 26% nos preços médios.

A China foi o principal destino, responsável por 70,2% das exportações em volumes: US$ 698,52 milhões, queda de 7,1% em receita, e 135,37 mil toneladas, acréscimo de 32%.

 

Apesar de a China ter se mantido como principal destino da carne bovina in natura (59,8% de participação em valor), a queda expressiva ainda reflete a suspensão ocorrida no início de 2023, além da queda nos preços médios de vendas, recuo de 25,3%.

Já as exportações de carne de frango in natura foram de US$ 835,88 milhões, queda de 6,2% em receita, alta de 4,0% em volumes e queda de 9,8% nos preços médios, nesse mês.

Os principais destinos foram:

  • China (US$ 155,88 milhões; +28,7%; 14,9% de participação; alta de 35,4% dos volumes exportados
  •  Japão (US$ 97,67 milhões; +9,7%; 9,6% do total; +11,8% em volumes).

 

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Última atualização por Kaype Daniel Abreu – 17/07/2023 – 15:15

Pasquale Augusto
Pasquale Augusto
Repórter do Agro Times
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Agro Times desde março de 2023. Antes do Money Times, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio, além de ter trabalhado como produtor e repórter do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, um projeto exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.

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