A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros

Imagem: IA/Copilot
Com seu chicote e chapéu característico, o famoso arqueólogo e aventureiro fictício Indiana Jones lutava contra inimigos em busca de artefatos míticos: a arca da aliança perdida, o Santo Graal, caveiras de cristal e outros artefatos.
O investidor brasileiro também tem uma busca perene: o famoso rendimento líquido de 1% ao mês. O desafio é encontrar esse retorno na renda fixa, normalmente mais segura e com lucros mais baixos do que a renda variável, sem enfrentar os perigos mortais pelos quais o personagem encenado por Harrison Ford passa, como armadilhas mortais, cobras e outros animais peçonhentos.
Com a Selic a 15% ao ano, maior patamar em quase 20 anos, foi possível ver os investimentos em renda fixa alcançando esse patamar sem correr grandes riscos. Mas isso está perto de acabar — pelo menos nos títulos prefixados com risco baixo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) ainda não deu indicações de quando deve cortar a taxa de juros. Mesmo assim, os títulos prefixados já começam a precificar os cortes futuros. Em setembro, por exemplo, os títulos prefixados de um ano estavam oferecendo taxas de 14,30% ao ano. Ao final de novembro, o retorno nesse prazo estava em 13,66% ao ano.
A repórter Monique Lima conversou com especialistas para saber quando essa janela deve fechar — e como ainda garantir o seu prêmio antes que as portas se fechem.
O MELHOR DO SEU DINHEIRO
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Esquenta dos mercados
O Ibovespa voltou ao campo positivo na quarta-feira (10), após o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) cortar a taxa de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual. O principal índice da B3 encerrou o pregão de ontem com alta de 0,69%, aos 159.075 pontos.
Já nesta quinta-feira (11), os investidores vão digerir a decisão do Copom em manter a Selic a 15% ao ano. Porém, o que deve pressionar a bolsa brasileira mesmo é o comunicado do Banco Central, que não indicou o início para um ciclo de corte nos juros por aqui.
No mercado internacional, os destaques do dia ficam por conta do discurso do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), do encontro do Eurogrupo e do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Nesta manhã, as bolsas asiáticas fecharam a sessão majoritariamente em queda, enquanto os principais índices europeus iniciam o dia no azul.
Já Wall Street indica um dia de perdas para os mercados norte-americanos, com os índices futuros de Nova York operando em queda.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
TOUROS E URSOS #251
Previdência privada ainda vale a pena? Cobrança de IOF balançou o setor, mas INSS em declínio é um impulso poderoso. No Touros e Ursos desta semana, o diretor da Bradesco Vida e Previdência, Estêvão Scripilliti, fala sobre as mudanças na previdência privada e para onde caminha essa possibilidade de investimento.
O QUE FAZER AGORA?
Os juros caíram nos EUA: as janelas de oportunidade que se abrem para o investidor brasileiro. Entenda por que a decisão do Fed desta quarta-feira (10) — que colocou a taxa na faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano — importa, e como montar uma carteira de olho nos juros norte-americanos.
Fonte : SD



