Primeiro Brasil, depois México e uma ponta de Chile: gestores se dizem otimistas com a América Latina e aumentam o risco na região, segundo o BofA

Primeiro Brasil, depois México e uma ponta de Chile: gestores se dizem otimistas com a América Latina e aumentam o risco na região, segundo o BofA

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Quase metade dos gestores aumentaram suas previsões para o Ibovespa e esperam um dólar mais fraco ao fim do ano

Monique Lima
Monique Lima
14 de maio de 2025


Imagem: Montagem Canva Pro/ Seu Dinheiro
WhatsappTwitterLinkedinFacebookTelegramO otimismo dos gestores de fundos com a América Latina melhorou em maio, em relação a abril. Os níveis de caixa continuam acima da média histórica, mas diminuíram para dar espaço ao risco: a parcela de investidores que assumiram um risco maior que o normal na América Latina aumentou para 27% — ante 6% em abril e 21% na média histórica.

E o Brasil é a principal escolha dos gestores.

Os dados são da pesquisa com gestores de fundos da América Latina, feita com 32 participantes pelo Bank of America (BofA).

A maioria (53%) acredita que o Brasil terá um desempenho superior ao da América Latina como um todo ao fim do ano, contra 22% que veem este cenário para o México. Para a Argentina, os gestores esperam uma melhora adicional no preço dos ativos.

Considerando apenas os países andinos (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela), Chile sai à frente na expectativa de melhores retornos.

Brasil é principal escolha na América Latina

As projeções para a pontuação do Ibovespa ao fim do ano melhoraram bastante entre abril e maio.

 

De uma estimativa entre 130 mil e 140 mil pontos, a maior parte (43%) dos gestores subiram suas projeções para entre 140 mil e 150 mil pontos, frente a cerca de 21% que se manteve no valor anterior.

Soma-se a isso o ímpeto em aumentar a alocação de capital em ações nos próximos seis meses. A quantidade de investidores que planejam esse movimento está acima da média histórica de 38%, chegando a 40% em maio.

Grande parte disso se dá pela maior expectativa em relação ao lucro das empresas. A parcela de gestores que esperam revisões positivas nos lucros aumentou de 3% em abril para 22% em maio.

Os setores que se sobressaem nas carteiras neste momento são os de serviços públicos e finanças, enquanto materiais e energia são preteridos.

  • O BofA está comprado em ações no Brasil e o Seu Dinheiro divulgou a carteira completa do banco nesta outra matéria, confira aqui.

Entre os riscos potenciais, a preocupação com um dólar mais forte ficou para trás. Agora, a expectativa é que o dólar americano feche o ano mais fraco, entre R$ 5,70 e R$ 6,00 — embora uma parcela considerável também aponte para a faixa entre R$ 5,40 e 5,70.

Em contrapartida, as tarifas de importação de Donald Trump e a situação econômica da China, que pode impactar a demanda por commodities, figuram como os principais riscos para um bom desempenho do Brasil e da América Latina.

México, Chile e Argentina

Embora o México apareça em segundo lugar nas projeções de bom desempenho no ano, muitos gestores têm dúvidas em relação ao país.

Quando questionados sobre o impacto que as tarifas de importação de Trump podem ter no país, 30% responderam não saber — mesmo percentual que respondeu que espera uma deterioração nos preços dos ativos.

Em relação aos países andinos, que são muito dependentes da exportação de commodities, os preços das matérias-primas são o maior risco de cauda apontado na pesquisa, principalmente os preços do cobre e do petróleo.

Ainda assim, Chile aparece como o preferido entre seus pares, em abril e maio.

Por fim, o BofA perguntou sobre a Argentina. A visão sobre os ativos do país melhorou bastante de um mês para o outro.

Se em abril, a maioria (21%) dos respondentes afirmou ter uma visão neutra sobre o país, em maio, 40% esperam uma melhora nos preços.

 

Monique LimaMonique Lima

monique.lima@seudinheiro.comRepórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

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