Por Juliana Caveiro
01 abr 2024,
O Ministério da Saúde informou que foi aprovado o reajuste de 4,5% no preço dos medicamentos, equivalente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses. O aumento começa a valer a partir desta segunda-feira (1º).
O órgão público ressaltou que percentual de aumento é o menor valor praticado desde 2020 e que o reajuste não é automático e, sim, uma definição de teto. Em 2023, o ajuste máximo ficou em 5,6%.
Para se ter uma ideia, a CliqueFarma, ferramenta do ecossistema Afya que compara preços de medicamentos e produtos farmacêuticos, elencou os 5 medicamentos que mais subiram de preço em 2023:
- Betaistina, com um aumento de 250,69%
- Rivaroxabana, com 204,79%
- Esomeprazol Magnésico, com 202,59%
- Succinato de Metoprolol, com 195,10%
- Decanoato de Testosterona + Fempropionato de Testosterona + Isocaproato de Testosterona + Propionato de Testosterona, com 173,82%
A avaliação da empresa é de que a partir de hoje os medicamentos citados acima podem ficar ainda mais caros ao consumidor com o aumento estabelecido pela Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos (Cmed).
Os cariocas, no entanto, devem sofrer um pouco mais com os aumentos neste início de mês. Isso porque, no último dia 20, também passou a valer a alta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no Estado do Rio de Janeiro, que passou de 18% para 20%. Além disso, tem a soma da taxa do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, em que a alíquota chega a 22%.
“A alta dos remédios impacta diretamente em uma das fatias mais importantes do ecossistema de uma pessoa que é a saúde. Com isso, será necessária uma adequação no fluxo financeiro base do consumidor que, por sua vez, precisará absorver esse novo valor frente aos seus desafios mensais”, analisou Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças.
Como economizar mesmo com os aumentos?
Apesar dos aumentos, algumas dicas simples podem ajudar na hora de fazer as compras nas farmácias, além das recomendações de praxe: pesquisar e comparar os preços.
Para o diretor e fundador da CliqueFarma, Angelo Miguel Alves, uma das melhores formas de economizar é comprando em quantidades maiores os medicamentos de uso contínuo. Desta forma, a farmácia pode oferecer descontos e o consumidor se precavi de aumentos nos próximos meses.
Além disso, Alves lembra que buscar por genéricos pode diminuir bastante o valor, já que essas são alternativas mais acessíveis e possuem a mesma eficácia.
“Antes de optar por medicamentos mais baratos ou genéricos, consulte seu médico ou farmacêutico. Eles podem fornecer orientações sobre opções mais econômicas e adequadas ao seu tratamento antes do período de reajuste”, recomenda o diretor.
Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), avalia que buscar programas populares podem ajudar a economizar com medicamentos de hipertensão, diabetes ou asma. O programa governamental Farmácia Popular também possibilita descontos de 90%.
Outra alternativa são os programas de fidelidade das próprias farmácias que possibilitam descontos, gerando uma economia de aproximadamente 70%.
Por Juliana Caveiro
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.