Europa aperta o cerco contra a China: o que está por trás do pedido de proibição da Huawei e ZTE na UE

Europa aperta o cerco contra a China: o que está por trás do pedido de proibição da Huawei e ZTE na UE

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Dez países da União Europeia já restringiram ou proibiram a atuação das empresas chinesas, mas o bloco ainda quer mais

 

Huawei
Imagem: Shutterstock
União Europeia (UE) quer apertar ainda mais o cerco contra a influência da China no bloco e voltou a colocar a Huawei ZTE na mira. A ideia é que mais países da região se juntem aos dez que já restringiram ou baniram as empresas chinesas de suas redes de telecomunicações 5G.

Mais cedo, o comissário para Mercado Interno da União Europeia, Thierry Breton, citou riscos à segurança coletiva do bloco para a expulsão da Huawei e da ZTE.

Em comunicado, Breton argumentou que os movimentos neste sentido estão muito lentos, e que isso representa um grande risco, pois cria uma grande dependência para a UE e sérias vulnerabilidades.

As diretrizes da União Europeia adotadas há dois anos exigem que os 27 membros avaliem o perfil de risco dos fornecedores em nível nacional ou do bloco e restrinjam ou proíbam fornecedores 5G de alto risco de partes centrais de suas redes de telecomunicações.

Por que a China incomoda tanto

A presença da Huawei na Europa frustrou os EUA e seus aliados e chega em um momento em que a União Europeia está reforçando suas próprias defesas contra interferências e atritos comerciais com Pequim.

 

Mas uma ação pesada da Europa contra empresas chinesas de 5G também pode desencadear grandes tensões comerciais com Pequim.

“Conseguimos reduzir ou eliminar nossas dependências em outros setores como o de energia em tempo recorde, quando muitos pensavam ser impossível. A situação com o 5G não deveria ser diferente: não podemos nos dar ao luxo de manter dependências críticas que podem se tornar uma ‘arma’ contra nossos interesses”, afirmou o comissário.

“Seria uma vulnerabilidade muito crítica e um risco muito sério para nossa segurança comum. Apelo, portanto, a todos os Estados-Membros da UE e operadores de telecomunicações para que tomem as medidas necessárias sem demora”, concluiu.

Mais medidas contra Pequim

A Comissão Europeia também anunciou duas medidas para direcionar seus recursos contra as empresas da China.

Em primeiro lugar, “tomará medidas para evitar a exposição de suas comunicações corporativas a redes móveis usando Huawei e ZTE como fornecedores” e aplicará esta política a “todos os sites da Comissão, incluindo suas sedes principais, suas representações e escritórios em todos os Estados-Membros”. disse.

 

Isso pode afetar os contratos que a Comissão tem com operadoras de serviços de telecomunicações para seu pessoal.

A Comissão tem uma presença significativa na Bélgica, onde os serviços de segurança já forçaram as operadoras a se afastarem da Huawei; Luxemburgo, onde o governo tem sido mais tolerante com seu uso; e noutros países da UE, onde tem representações de menor dimensão.

Em segundo lugar, e mais importante, simbolicamente, é que a Comissão Europeia planeja aplicar sua linha Huawei a “todos os programas e instrumentos de financiamento relevantes da UE”.

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