Apesar dos elevados ganhos, segmento envolve riscos e ficou famoso por reunir picaretas; saiba como buscar altos lucros sem entrar em ciladas
Malu Araujo
28 de maio de 2023
Já imaginou se os investidores mais arrojados do mercado de criptoativos tivessem a possibilidade de uma garantia semelhante ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC)? Pois é, essa ideia pode não estar tão longe de acontecer.
Um dos temas alvos de discussão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPIs) neste ano são as pirâmides de criptomoedas.
A CPI está para ser instalada na quarta-feira do dia 31, semana que vem, e pretende investigar esquemas envolvendo criptoativos que tenham causado prejuízos bilionários em todo o país.
O principal foco da comissão será discutir mudanças na legislação que busquem evitar golpes e fraudes, criando mecanismos de proteção para o investidor.
Para tanto, na avaliação de Áureo Ribeiro, autor e possível nome para assumir a CPI, seria viável a criação de um fundo semelhante ao FGC.
Fato é que, apesar de a ideia ser cogitada, o autor da CPI não explicita bem como pensa em fazer para realizar a criação do fundo. Mas de antemão, Ribeiro já afirma que sua criação é preferível se comparada ao uso do método de segregação patrimonial.
No caso da segregação patrimonial, caso o investidor tenha seu dinheiro em uma exchange e ela venha a falir, o dinheiro dos clientes seria devolvido, ao invés de ser utilizado para pagar credores.
Para Ribeiro, a criação de um fundo já seria capaz por si só de dar “tranquilidade” aos investidores, julgando o uso da segregação como não sendo necessário para o sistema da criptoeconomia.
Bom, não é novidade para ninguém que casos envolvendo esquemas de pirâmides não só fizeram vítimas aqui no Brasil como ainda fazem. Para se ter uma ideia, golpes com criptomoedas já causaram a perda de 40 bilhões a quatro milhões de brasileiros, segundo dados levantados pela InfoMoney.
Em casos recentes como o da Xland Gestora de Investimentos, que prometia retornos mensais de 5% ao mês, a empresa atraiu os jogadores Mayke e Gustavo Scarpa, ambos do time do Palmeiras na época, que caíram no provável golpe e hoje cobram na justiça um prejuízo na casa dos R$ 14 milhões.
São casos como esse que fazem muitos investidores pensarem no mercado de cripto como um mercado extremamente inseguro.
A categoria de ativos possui sim seus riscos, mas uma coisa são os riscos do investimento, que como qualquer outro, são grandes quando a possibilidade de ganho é alta.
Outra coisa são os golpes e pirâmides, mas é totalmente possível buscar os altos ganhos de cripto sem se envolver com isso.
Entendendo o mercado de criptoativos sob o olhar de quem é especialista
Pode até parecer bobo o que vou falar agora, mas antes de investir seu rico dinheirinho em qualquer investimento é necessário muita cautela e análise!
A estratégia ‘simples’ que falei anteriormente nada mais é do que tratar do mercado a partir de quem entende dele.
Por exemplo, existem ótimas oportunidades no mundo de criptos nesse momento, principalmente com um ‘super evento’ que está prestes a acontecer. Entretanto, como já explicado, para não levar calote e entender o que é de fato um bom investimento é preciso uma direção clara e responsável sobre o mercado.
Para Vinicius Bazan, head do departamento de análise de criptoativos da Empiricus Research, “não existe outro mercado que possa investir legalmente hoje e buscar retornos potenciais tão grandes quanto em cripto”.
Fonte : SD