Príncipe Charles viajará a Cuba apesar de pressão dos EUA

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HAVANA (Reuters) – O príncipe Charles e sua esposa, Camilla, chegam no domingo a Cuba, uma das paradas de sua turnê caribenha, e serão os primeiros membros da realeza britânica a visitar a nação comunista, mesmo em meio às iniciativas dos Estados Unidos para isolá-la.

O governo britânico pediu ao casal real para acrescentar Cuba em seu giro por territórios britânicos antigos e atuais na esperança de fortalecer as relações comerciais e a influência política.

Os planos foram feitos antes de o governo Trump intensificar neste ano seus esforços para acabar com o que vê como a “troica da tirania” latino-americana: os governos socialistas de Venezuela, Nicarágua e Cuba. Washington tem dissuadido empresas estrangeiras de fazer negócios com Havana, mantendo assim sua reversão da reaproximação do antecessor de Trump, Barack Obama, com a ilha.

“A visita mostra uma nova disposição do Reino Unido de se engajar com Cuba na era Díaz-Canel”, disse Paul Hare, ex-embaixador britânico em Cuba e conferencista da Escola Frederick S. Pardee de Estudo Globais da Universidade de Boston.

“O Reino Unido vê o embargo comercial dos EUA há tempos como a maneira errada de produzir abertura e tolerância maiores para novas ideias em Cuba”, disse.

A ocasião será bem-vinda na ilha, que viu uma queda nas visitas de grande visibilidade desde que nomes como o papa Francisco, o então presidente norte-americano Obama e os Rolling Stones visitaram o país poucos anos atrás.

“Esta visita significa muito, porque mostra ao mundo que Cuba é um país seguro e que, ao mesmo tempo, apesar das adversidades econômicas e políticas, continua sendo um país de interesse social”, disse Mariela Gonzalez, funcionária do Ministério da Cultura, nas ruas de Havana.

O casal real jantará com o novo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que assumiu o posto que era de Raúl Castro um ano atrás. Ele se conheceram em novembro, por ocasião do 70º aniversário do príncipe Charles, quando Díaz-Canel visitava Londres.

Não existem planos para um encontro entre Charles e Raúl, que continua como chefe do Partido Comunista, mas isso pode mudar, segundo a embaixada britânica.

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